Abordagens Filosóficas da Ciência Cognitiva

Alysson Guimarães
14 min readNov 8, 2023
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#1. Filosofia

Filosofia é a busca pelo conhecimento. Em ciência cognitiva, a contribuição da Filosofia está em definir problemas, criticar modelos e sugerir estudos futuros, dado a sua naturza teórica, já que sua abordagem não gera resultados experimentais. Seu valor está na busca de respostas para questões importantes. E, essas respostas vem de disciplinas científicas. Além disso, a Filosofia não se limita a um assunto ou postura teórica particular, e como uma disciplina formal estuda uma ampla variedade de tópicos.

O método primário da abordagem filosófica é o raciocínio, seja ele dedutivo ou indutivo. O raciocínio dedutivo é a aplicação de regras de lógica em afirmações sobre o mundo, dado um conjunto inicial de afirmações (premissas) assumidas como verdadeiras, podemos derivar outras afirmações que logicamente devem ser corretas. Já no raciocínio indutivo, são feitas observações sobre o mundo, e ao perceber pontos em comuns, podemos generalizar as conclusões.

Os conceitos são validados através do raciocínio lógico e argumentação, em vez da observação sistemática e experimentação. Logo, suas conclusões são especulativas até serem testadas.

Podemos seguir seguindo dois ramos ou abordagens, Metafísica e Epistemologia. A Metafísica estuda a natureza da realidade. Um dos principais problemas abordados é o da filosofia da mente sobre o problema mente-corpo. Que busca definir o que é a mente, se ela faz parte do corpo, se faz, qual parte exatamente está localizada ou é a mente, e caso não seja algo físico, o que exatamente ela é. Além disso, se mentes existem somente em cérebros ou podem surgir de entidades complexas, como computadores. Isso é feito através das perspectivas do monismo, dualismo, e funcionalismo. Já a Epsitemologia, é o estudo do conhecimento, e são abordados questões como a aquisição do conhecimento e se ele é fruto da genética ou da interação com o ambiente, e o quanto esses fatores podem contribuir para as habilidades mentais.

#2. Problema Mente-Corpo

O problema mente-corpo aborda como as propriedades mentais e psicológicas estão relacionadas com propriedades físicas. O debate central foca na mente e no que ela é. De um lado, temos os que defendem que a mente é uma propriedade física, como o cérebro, do outro lado temos os que defendem que a mente é algo mais e não físico, já que subjetividades da consciencia como crenças, desejos, pensamentos seriam algo mais, além do cérebro e do sistema nervoso humano. A questão central do problema mente e corpo é metafísica, se refere a natureza da mente. Outra questão igualmente importante é como mente e corpo se relacionam, assumindo que são duas entidades a mente controlaria o corpo ou o corpo controla a mente ? Algumas teorias afirmam que um controla o outro, já outras de que ambos se controlam, e outras que agem em paralelo, sem influencia causal.

Podemos abordar essas questões sob pelo menos três óticas: Monismo, dualismo e funcionalismo.

#2.1 Monismo

Sob o monismo (do grego μόνος mónos, “sozinho, único”), existiria apenas um estado ou substância no universo. E essa substância seria física ou mental. Ou seja, o universo seria composto por matéria ou seria resultado da nossa percepção mental sobre ele. Essa primeira visão é chamada de fisicalismo, enquanto que a segunda de idealismo.

É difícil sustentar a visão do idealismo, já que nenhum argumento seria refutável, sendo tudo no universo apenas sua percepção da realidade. Já o fisicalismo ou materialismo teve sua origem com o filósofo Demócrito, que acreditava que todas as coisas eram compostas de átomos. Segundo ele, os atributos e comportamentos dos átomos poderiam explicar a diferença entre as coisas. No fisicalismo, tudo que existe é material. Então os estados mentais e atividades cognitivas também seriam físicas, seriam simplesmente operações do sistema nervoso humano. No fisicalismo, temos a teoria da identidade (identity theory), que afirma que a mente é o cérebro, especialmente os estados mentais, ou seja, quando estamos felizes o cérebro está com certa atividade neuronal específica. As descrições científicas dos estados cerebrais são mais acuradas e objetivas que termos como “estar feliz” (termo mental), e esse estado pode ser descrito como uma “ativação de neurônios dopaminérgicos no sistema meso-cortico límbico”, por isso, quem acredita nessa teoria da identidade usa somente termologia científica pra explicar estados cerebrais. Apesar de várias evidências, incluindo experimentais, em favor do fisicalismo também existem críticas sobre essa visão. As críticas se concentram principalmente na falta de explicabilidade: Certos processos físicos podem determinar certos estados mentais, mas não os explica. Diante disso, os estados mentais são explicados usando termos mentais.

#2.2 Dualismo

No dualismo, ambas as substâncias físicas e mentais são possíveis. Platão seguia essa doutrina, ele acreditava que mente e corpo existiam em mundo separados. O conhecimento que possuímos, segundo ele, existiria num mundo ideal de formas, que seria imaterial, inextensível e eterno. Portanto o nosso corpo existiria na contraparte material, extensível e finito. Os objetos nesse mundo ideal são perfeitos, e nunca conseguimos representá-los literalmente. Por exemplo, a ideia de uma estátua existiria nesse mundo ideal, e a estátua física em si nunca conseguiria representar totalmente essa ideia da estátua. Os exemplos concretos dessas ideias mentais no mundo real são imperfeitos.

O Dualismo Clássico foi desenvolvido por Descartes, e, as teorias desenvolvidas por ele são basilares em Ciência Cognitiva. Ele acreditava em uma relação causal entre mente e corpo, em que a mente exercia controle sobre o corpo. Ele acreditava que isso se dava através da glândula pineal por se localizar no centro do cérebro e por não ter anatomicamente espelhada. Segundo ele, a mente era como um mestre de marionetes que controlava o corpo, e a glândula pineal seria como as cordas que controlaria o corpo.

Friedenberg, Silverman e Spivey (2022)

Essa noção de que a mente e corpo são compostos de substâncias diferentes é chamado de dualismo de substância. Aqui, substância é usada no sentido Aristotélico, substância é a matéria que o constitui. Mas o problema dessa linha de pensamento é que se corpo e mente são compostos de substâncias diferentes, então não seriam capazes de ter uma relação causal. Afinal, como uma substância não física iria interagir com uma física ? Além de que habilidades que até então eram somente humanas, como reconhecimento de padrões, compreensão de linguagem podem ser reproduzidos artificialmente em máquinas. Outro ponto é que a biologia pode nos fornecer explicações através das associações entre estados cerebrais e mentais. SE uma explicação causal sobre estados mentais usando linguagem de estados cerebrais através de neurônios e sinapses, nao seria necessário uma explicação não física. E o dualismo de substância não trás nenhuma explicação alternativa sobre o que coisas mentais são feitas e como interagem com o corpo. Ainda temos outro tipo de dualismo, o de propriedade, em que nele, mente e corpo são feitos da mesma substância, se diferenciando em propriedade. Mas esse outro tipo de dualismo tem as mesmas falhas em explicar a não fisicalidade dos estados mentais e o que exatamente a mente é.

#2.3 Funcionalismo

A filosofia da mente mais influente na Ciência Cognitiva é o funcionalismo. Nela, temos dois conceitos gerais para definir as coisas:

  • Physical kinds (tipos físicos): São as coisas que são compostas pelo mesmo material. Ou seja, possuem a mesma substância.
  • Funcional kinds (tipos funcionais): São definidos por suas ações ou tendências. Pense em dois livros, um de estatística e Guerra dos Tronos de GRR Martin. Ambos são livros, compostos das mesma coisa, mas possuem propósitos diferentes. Um é um livro didático com o propósito de ensiar, outro é uma fantasia com propósito de entreter.

O funcionalismo implica que os estados mentais não devem ser reduzidos a nenhum estado físico específico, podendo ter uma variedade de estados físicos que produzem certos estados mentais. Os estados mentia não são estados físicos ou não físicos como as visões anteriores, mas sim, tipos funcionais. Segundo essa visão, é mais produtivo pensar a mente como tipos funcionais, e, defini-la como um conjunto de processos, em vez do que ela é feita. Isso causa diversas implicações, como que estados mentais podem ser executados em sistemas físicos de modo um pouco diferente. Dois dispositivos, um computador e um celular, podem computar o mesmo resultado, como exibir uma página de diferentes formas. O mesmo ocorre em humanos, ao examinar o cérebro de dois humanos pensando a mesma coisa, provavelmente não vão exibir o exato mesmo processo neural apesar de terem o mesmo resultado. Sendo assim, poderíamos argumentar que computadores podem ter mentes.

Apesar de ser a visão dominante, também possue diversas falhas:

  • É extremamente reducionista.
  • Também somente trás possibilides de existência da mente sem exigência do cérebro, parecido com a não definição do que exatamente é o cérebro das visões dualistas.
  • Mesmo considerando a existência de mente como um tipo funcional em outro tipo físico que não o cérebro, não existe nenhuma evidência empírica que justifique isso. Nenhuma que mostrasse estados mentais sem exigência de um cérebro.
  • A falha de identificar a mente como um tipo físico já poderia justificar o não uso do conceito de mente, em vez de atribuir status especiais, como tipo funcional (similiar a não fisicalidade dualista).
  • Outros argumentam que a mente enquanto um tipo funcional, seria impossível reproduzir qualia, que são qualidades subjetivas das experiências mentais conscientes. Elas são as propriedades particulares de uma experiência que a tornam única e incomparável. Por exemplo, a vermelhidão do vermelho, o sabor doce do chocolate ou a dor de uma picada de inseto são todos qualia. Qualia são inerentemente subjetivas, o que significa que só podem ser conhecidas por quem as experimenta. Ninguém mais pode saber exatamente como é sentir o vermelho, o doce ou a dor. Apesar de que esse ultimo ponto não ser optativo, já que qualia é uma qualidade que existe graças ao nosso tipo específico que suporta a mente, o cérebro, de qualquer forma seria impossível reproduzir minimamente em outra mente enquanto tipo funcional em outro tipo físico como um computador.

#3. Aquisição de Conhecimento

Outra questão fundamental debatida desde os primeiros filósofos é sobre como adquirimos conhecimento. Conhecido como o debate sobre natureza-criação.

O termo natureza, se refere-se a características que são biologicamente e geneticamentes determinadas. Já a criação (nurture), se refere a características que são aprendidas através da experiência e da interação com o ambiente.

De acordo com nativistas, como Platão, o conhecimento é inato ao organismo. Segundo ele, aprender é recoletar o que já se sabe, e esses conhecimentos já existiriam no mundo ideal das formas, sendo parte da nossa alma.

Por outro lado, os racionalistas defendem que o conhecimento é aprendido através PRINCIPALMENTE através da capacidade inata da razão, que, através de proposições lógicas, podemos gerar conhecimentos. Por exemplo:

1 — Roubar é crime
2 — Raskolnikov roubou

Usando a lógica aristotélica podemos gerar novas conclusões para esse silogismo:

3 — Raskolnikov é um criminoso

Esses racionalistas não negam características inatas como a capacidade de racionício e instintos desenvolvidos através da evolução, nem conhecimentos procedurais (habilidades inatas universais, ex: Reflexos, capacidade de aprender uma lingua materna, andar, etc). Ou seja, não defendem que nascemos como uma tábula rasa zerada de conhecimentos.

Já no empirismo, constrastando com o nativismo e racionalismo, defende que o conhecimento é desenvolvido principalmente através da experiencia e interação com o ambiente. É desenvolvido através de testes de hipóteses feitos no mundo, em vez de se apoiar numa lista de premissas verdadeiras prévias e depois aplicar a razão para confirmá-las. Ou seja, se você acha que Raskolnikov é um criminoso, teste essa teoria coletando evidências e apresente num julgamento.

Sob o empirismo, os sentidos são os principais canais de aquisição de conhecimento. Para saber o que é uma maçã, primeiro precisaríamos ver uma, tocar, comer, etc.

O Filósofo John Locke é creditado como o fundador do movimento empirista, e, ele acreditava que nascemos como um tábula rasa, um estado em branco com nenhum conhecimento, e somente através da experiencia passaríamos a adquiri-la. O que atualmente graças a evolução tecnológica, da psicologia e neurociência sabemos que não é verdade.

Racionalismo e empirismo se opõem mas não são exclusivos. De uma forma ou de outra, para desenvolver conhecimento utilizando a razão, teríamos que ter contato com o ambiente para validar as premissas. Enquanto que sob o empirismo, as ideias simples (adquiridas através de inputs sensoriais ou reflexão de forma passiva) e complexas (combinação e manipulação de ideias simples de forma ativa) acabariam sendo desenvolvidos através da reflexão e também usando a razão. Os dois movimentos se referem a como o conhecimento é principalmente desenvolvido, não sendo exclusivos.

Sabemos que já nascemos com certas habilidades, conhecimentos procedurais, eles estão fisicamente configurados ou programados em nossos cérebros para fazer com que nos comportemos de certas formas, principalmente em recém nascidos. Um reflexo é resultado de um estímulo que ativa neurônios sensoriais, que ativam neurônios intermediários, que ativam neurônios motores, resultado num comportamento. O mesmo processo acontece em preferência a cheiros ou aprender a falar, andar, etc. Esse conhecimento está presente na forma de circuitos neuronais, que mapeiam estímulos de entrada e resultam em comportamentos. E a origem desses circuitos neuronais podem ser explicados através da Psicologia Evolucionista, que os atribui a gerações e gerações de pressões de seleção natural agindo sobre a espécia, essas pressões promoveram o desenvolvimento adaptativo de capacidades cognitivas. E com o tempo, toda a espécie acabou possuindo certos conhecimentos procedurais.

#4. Consciência

A consciência é um estado inerentemente subjetivo. É um conceito complexo, que não existe um concenso de sua definição. Mas num sentido mais amplo, é a qualidade subjetiva de experimentação, é a nossa ciência sobre os estados mentais, como sensação, percepção, visão, emoções, etc. Costumamos pensar em consciência somente no estado de quando estamos acordados, alertas e num estado de espírito normal, mas existem outros tipos de consciência como insconsciência, dormindo, drogado, hipnotizado, meditando, etc. E por simplicidade, não estou considerando esses outros estados de consciência

Nossa consciência é unitária, ou seja, nos reconhecemos como sendo uma pessoa, experimentando coisas no presente momento. Mas, nosso nível implementacional, no nosso cérebro, não temos um único lugar em que a consciência acontece. Pelo contrário, as atividades que criam essa experimentação subjetiva acontecem no cérebro todo, em várias partes e podendo gerar uma única experiencia em diferentes momentos.

Podemos dividir o conceito da mente em dois, o fenomenológico e psicológico. O conceito fenomenológico da mente, é a ideia e o estudo da mente como uma experiência consciente. Esse conceito é abordado e elaborado por filósofos. Já o psicológico, estuda os estados mentais, o que eles causam e explicam o comportamento. O conceito psicológico da mente é abordado por psicólogos e cientistas cognitivos.

Dado o conceito, a investigação dos fenômenos vai seguir caminhos diferentes. Quando alguem come um chocolate, a investigação fenomenológica vai buscar entender o porquê você sente a doçura do chocolate, e os estados mentais relacionados a isso. Enquanto que a investigação psicológica do mesmo fenômeno vai focar nos circuitos neurais que são ativados durante a experimentação do sabor, como poderiam ser representados computacionalmente, etc.

Outra forma de abordar e buscar conceituar o que é consciencia é caracterizando ela como sendo uma propriedade emergente do cérebro. Sob essa ótica emergente, as características de algo não dependem da soma de suas partes ou de combinações aditivas. Ele é algo a mais que a soma das partes. Searle usa esse conceito de emergente de sistemas complexos para conceitualizar a consciencia, ele afirma que ela é uma propriedade emergente do cérebro. Uma propriedade emergente de um sistema, é realizada, criada ou desenvolvida através da interação causal entre as partes do todo. Assim como a água possui as propriedades de liquidez e transparência as moléculas de h2o que a compõem não possue. Assim, Searle argumenta que a consciencia é uma propriedade emergente do cérebro, não a soma de suas partes ou partes dele. Fenômenos que acontecem em grande escala, como a consciência, são mais do que acontecem no micro, e nao podem ser explicados somente pela análise micro do que a parte do todo faz ou executa. Com isso, Searle tenta fugir da dicotomia do problema mente e corpo falando da consciencia como propriedade, não substância.

Com o desenvolvimento de sistemas de Inteligência Artificial (IA), os pesquisadores e filósofos começaram a se perguntar se uma “pensa” e caso sim, teria “consciencia”. Essa é uma questão complexa já que consciência envolve muito mais que uma simples computação (que aprecem esquecer). Existem algumas perspectivas de se uma máquina pode se tornar consciente ou não, que podem ser agrupadas em strong AI e weak AI. Sob a strong AI, defendem que a consciencia pode surgir de processos não biológicos, e seus defensores acreditam eventualmente com máquinas mais complexas e poder computacional, uma consciencia iria surgir nelas. Já os defensores da weak AI, argumentam (com razão) que consciência por si só não é um únicamente físico ou é um processo físico tão complexo (que até hoje não entendemos!) que não seríamos capazes de reproduzir artificialmente.

De modo geral, os argumentos que defendem a possibilidade de uma máquina ser consciente se sustentam somente nisso, na possibilidade. Justificam que já que alguns processos complexos como os bioquímicos podem ser reproduzidos mecanicamente, poderíamos também reproduzir a consciencia nas máquinas. Além de que não seria necessário um sistema muito complexo, e que as máquinas poderiam aprender com a experiência.

Por outro lado, os defensores da weak AI, que se opõem a perspectiva (rasa) da strong AI defendem que máquinas não poderiam ter consciencia. Searle, desenvolvou o famoso experimento mental do quarto chines, o mais persuasivo e forte argumento contra strong AI. Nesse experimento mental, uma pessoa que não fala chinês estaria dentro de um quarto, receberia inputs na forma de coisas escritas em um papel, e usando um manual como um dicionário, iria escrever os símbolos transcrevendo a mensagem e iria colocar esse segundo papel como output por uma saída. Do lado de fora, poderíamos falar pode parecer que a pessoa dentro entende chinês, mas ela unicamente está executando uma sequência de passo a passos (algoritmo) para transcrever a mensagem. A pessoa no quarto não sabe chinês e não entende o conteúdo da mensagem. Os símbolos que a pessoa coloca no papel e envia como output não significam nada pra ela. Está apenas mecanicamente fazendo o que qualquer máquina faria fisicamente ou digitalmente. A consciência humana requer algo a mais que simplesmente seguir um algoritmo, como intencionalidade e significado. Críticos argumentam que, com o tempo a pessoa dentro da sala passaria a aprender chinês a partir da repetição. Mas esquecem que esse aprendizado viria por causa da atribuição de significado, intencionalidade e vários outros fatores da ordem de forma, as propriedades do cérebro que nem de longe minimamente é reproduzível artificialmente, além de um ou outro processo específico, e não somente da repetição algoritmica do processo de transcrição.

#5. Conclusão

Neste artigo foram apresentados as principais perspectivas dos principais problmas discutidos, como o Problema Mente-Corpo, com o monismo, dualismo e funcionalismo. A discussão sobre a Aquisição do Conhecimento com o nativismo, racionalismo e empirismo. E a conceitualização da Consciência, com o conceito Fenomenológico, Psicológico e como uma Propriedade Emergente do cérebro. Para cada tópico de discussão, existem perspectivas mais influentes que outras, apesar de todas terem oposições e críticas. Sendo a abordagem filosófica e especulativa que não gera resultados experimentais, nenhum dos problemas possuem uma resposta concensual ou absoluta, mas sim, cada abordagem segue de guia para buscas por respostas, que são procuradas através de disciplinas científicas, como neurociência, psicologia cognitiva, linguística, e inteligência artificial.

Recentemente criei um roadmap no github (disponível aqui) para estudar o tema, contribuições são bem vindas.

Me siga clicando aqui para acompanhar os próximos blog posts aprofundando sobre o tema e cada abordagem.

#6. Referências

FRIEDENBERG, Jay; SILVERMAN, Gordon; SPIVEY, Michael J. Cognitive Science: An Introduction to the Study of Mind. 4ª ed. Thousand Oaks, California: SAGE Publications, Inc., 2022.

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Alysson Guimarães

Data Scientist. MBA Competitive Intelligence, Bachelor of Business Administration.